O Governo das Filipinas lançou hoje um plano de 5,91 mil milhões de euros até 2017 para reconstruir as comunidades locais formadas por milhões de pessoas afetadas pelo tufão Haiyan.
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O Presidente filipino, Benigno Aquino, fez um apelo às promessas de assistência internacional e à ajuda do setor privado com vista a ajudar o seu Governo a reabilitar centenas de comunidades devastadas e a aumentar a resiliência do país aos desastres naturais e aos impactos adversos das mudanças climáticas.
«A tarefa que se impõe no momento é assegurar que as comunidades se 'levantam' e o fazem mais fortes, melhor e mais resilientes do que antes», disse aos diplomatas estrangeiros e pessoal humanitário num discurso do lançamento da iniciativa.
O Presidente filipino prometeu, assim, segundo declarações citadas pela agência AFP, que «cada dólar de ajuda ao financiamento será usado da forma mais eficiente e duradoura possível».
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O Haiyan deixou um rasto de cerca de 8.000 mortos ou desaparecidos a 08 de novembro, quando devastou a região central do arquipélago, destruindo mais de um milhão de casas.
Aquino afirmou que o tufão - um dos mais fortes a tocar terra e o segundo desastre natural mais mortífero da história recente das Filipinas - causou prejuízos na ordem dos 12,9 mil milhões de dólares (9,4 mil milhões de euros).
De acordo com o departamento de planeamento económico, o plano de reabilitação delineado pelo Governo prevê gastos de 360,9 mil milhões de pesos (8,17 mil milhões de dólares ou 5,91 mil milhões de euros) até ao ano de 2017, segundo um documento divulgado hoje.
No seu discurso, Aquino aproveitou para agradecer o apoio da comunidade internacional, apesar de sublinhar que há ainda muito por fazer.
«A vossa ajuda é tanto mais necessária hoje, porque, ao deparar-se com os crescentes efeitos das mudanças climáticas, países como as Filipinas vão ter de 'esticar' os recursos até ao limite», realçou.
De acordo com o chefe de Estado filipino, o plano visa responder às necessidades imediatas, mas também às de longo prazo, dado que as comunidades devastadas pelo tufão tentam regressar à normalidade, estimando-se ser preciso providenciar ajuda alimentar o mais tardar até março.
«A partir de agora e até dezembro de 2014 estaremos preocupados com investimentos imediatos cruciais, como a reconstrução e reparação das infraestruturas e construção de casas temporárias», acrescentou Aquino.
Esta semana, as Nações Unidas também lançaram um apelo à ajuda de 791 milhões de dólares (574,2 milhões de euros), destinada a responder às necessidades dos sobreviventes nos próximos 12 meses.