O governo francês faz as contas ao fim de uma Europa sem fronteiras.
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Um regresso permanente ao controlo de fronteiras na Europa pode custar aos países do espaço Schengen cerca de 110 mil milhões de euros na próxima década.
Em pleno debate político sobre o encerramento das fronteiras de França, uma agência de análise económica do Governo de Paris adianta que, só no caso francês, pode custar a curto prazo 1 a 2 mil milhões de euros e 10 mil milhões de euros no longo prazo, o equivalente a 0,5% do PIB.
Um investigador da agência France Strategie adianta esta quarta-feira na rádio RTL que o encerramento das fronteiras "não é uma catástrofe mas é um golpe económico forte".
"Temos 200 milhões de turistas e 350 mil pessoas que trabalham do lado de lá da fronteira e temos 3 milhões de camiões, tudo isso se for adicionado em termos de perda de tempo dá 1 a 2 mil milhões de euros. Por outro lado, a longo prazo, um sistema com controlos mais sistemáticos tem menos trocas porque os países do espaço Schengen trocam mais 10 a 15% entre eles do que os países fora desta zona. Portanto perdemos parceiros", explica o economista Jean Pisani-Ferry.
O especialista fez assim as contas ao tempo perdido e revela que num "prazo de 10 anos o comércio entre países da zona euro pode cair 20% e as viagens de turismo podem baixar para metade", revela este estudo francês.
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