O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje ter pago a última tranche de ajuda à Irlanda, abrindo caminho para o fim do plano de ajuda internacional decidido para o país em 2010.
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O Fundo desbloqueou 650 milhões de euros a favor da Irlanda, elevando para 21,8 mil milhões o total desde o início da ajuda, indicou a instituição em comunicado.
A Irlanda foi o primeiro país da zona euro sob assistência financeira (grupo onde se inclui Portugal) a livrar-se da ajuda acordada pelo FMI e pela União Europeia e que teve como consequência políticas drásticas de austeridade.
O país, muito devido a políticas dos bancos, foi obrigado a socorrer-se da ajuda de 85 mil milhões de euros para evitar a falência.
A 13.ª e última tranche, dos 21,8 mil milhões desembolsados pelo FMI a favor de Dublin, segue-se à também última tranche entregue pela União Europeia.
«A implementação sem falhas das reformas por parte das autoridades irlandesas permitiu alcançar os principais objetivos do programa (de ajuda): estabilizar o setor financeiro, melhorar significativamente a situação orçamental, e recuperar o acesso aos mercados» financeiros, disse a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, citada num comunicado da instituição.
A Irlanda saiu da recessão mas o crescimento económico é diminuto e a taxa de desemprego situa-se nos 12,5 por cento.
O país «está ainda confrontado com grandes desafios», afirmou Lagarde, manifestando também dúvidas sobre a sustentabilidade da dívida pública.
A responsável do FMI felicitou a decisão das autoridades de Dublin de porem de parte um novo mecanismo de assistência.
Permanecem sob programa de assistência, além de Portugal, a Grécia e o Chipre.