O FMI saudou o acordo entre os partidos políticos gregos sobre as novas medidas de austeridade, mas afirmou que Atenas precisa de fazer mais para receber novo pacote de resgate.
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«É essencial um grande apoio político para o programa, e essa é a razão porque nós, no FMI, com os nosso parceiros europeus, levámos todo este tempo para debater com os dirigentes políticos gregos medidas para um eventual novo programa», disse Gerry Rice, porta-voz do FMI, numa conferência de imprensa.
O gabinete do primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, informou, esta quinta-feira, que foi atingido um acordo com os parceiros da coligação do governo de união na Grécia sobre o plano de austeridade necessário para que o país receba o resgate das instituições internacionais.
Rice considerou ser necessário que Atenas adote mais medidas económicas e fiscais para receber o pacote de auxílio de 130 mil milhões de euros que, para evitar a bancarrota, o país necessita até 20 de março, quando tem de reembolsar 14,5 mil milhões de euros aos credores de dívida pública.
«Um passo inicial importante foi assegurar o acordo entre os líderes da coligação em Atenas, e o próximo passo é continuar as discussões, nessa base (...) É preciso fazer mais e esse é objetivo do novo programa», acrescentou Gerry Rice.
O porta-voz destacou a importância de levar a cabo reformas no mercado de trabalho da Grécia e alinhar os salários face à produtividade do país.
No acordo de hoje, Atenas prevê o despedimento de 15 mil funcionários públicos, além de um corte de 22 por cento no salário mínimo e de uma redução de 15 por cento nas pensões complementares.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]