O FMI anunciou hoje, após uma visita de um dos seus responsáveis ao Cairo, que as conversações com o Egito para um empréstimo ao país vão continuar.
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«Concordámos em retomar as negociações nas próximas semanas com o objetivo de alcançar um acordo que permita um apoio financeiro do FMI», indicou Masood Ahmed, diretor do FMI para o Médio Oriente e Ásia Central, em comunicado.
«Congratulo-me com a determinação das autoridades (egípcias) em fazer avançar o programa de reformas económicas destinado a responder aos desafios de forma equilibrada para a sociedade egípcia», acrescentou.
O FMI e o Egito estão há vários meses envolvidos em conversações para um plano de ajuda que permita ao país enfrentar a degradação da situação económica registada após a revolta que levou ao derrube do regime do presidente Hosni Mubarak, no início de 2011.
Em novembro, foi alcançado um acordo de princípio para um empréstimo de 4,8 mil milhões de dólares (3,6 mil milhões de euros), mas as autoridades do Cairo suspenderam o processo em dezembro devido à instabilidade política.
Desde então, tem estado em cima da mesa um novo plano de reformas e possivelmente um novo montante. Masood Ahmed reafirmou que «o FMI está pronto para apoiar o Egito».
Dois anos após o fim do regime autoritário de Mubarak, a agitação política continua. Nos últimos meses, o país tem sido palco de confrontos, por vezes violentos e com mortos.
O presidente Mohamed Morsi, eleito em junho, tem sido alvo de protestos e acusado de «trair a revolução» e de não conseguir enfrentar os problemas económicos.