Milhares de vidas podiam ter sido ser salvas se a comunidade internacional reagisse a tempo aos alertas iniciais, de acordo um relatório da Oxfam e da Save the Children publicado esta quarta-feira.
Corpo do artigo
Neste estudo, intitulado "Um atraso perigoso", as duas destacadas organizações não governamentais, com sede na Grã-Bretanha, denunciam «uma cultura de aversão ao risco», que resultou num atraso de seis meses na ajuda.
«As agências humanitárias e os governos têm sido lentos na sua resposta à crise e muitos doadores querem ver evidências da catástrofe humanitária antes de agir», lê-se no relatório, citado pela agência AFP.
A consequência desta atitude foi «milhares de mortes desnecessárias» e «milhões» gastou a mais, alertam.
Para essas organizações, os fundos devem ser liberados assim que os sinais de uma crise emergem claramente, ao invés de pôr em marcha uma ajuda em massa quando os níveis de desnutrição já atingiram níveis críticos.
Estima-se que em 2011 entre 50 mil a 100 mil pessoas morreram de fome no Quénia, Etiópia e Somália.