Jens Stoltenberg considerou "um absurdo" a acusação do Kremlin a Kiev sobre suposta intenção de usar bomba suja.
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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg garantiu esta tarde que os aliados vão manter o apoio militar à Ucrânia, para encurtar o tempo até ao momento de Kiev e Moscovo se sentarem à "mesa das negociações". Stoltenberg garantiu que os membros da Aliança Atlântica não vão deixar-se demover pelas falsas alegações de Moscovo sobre um suposto ataque da Ucrânia ao próprio território.
"A NATO não será intimidada ou dissuadida de apoiar o direito da Ucrânia à autodefesa durante o tempo que for necessário", garantiu Jens Stoltenberg, convicto de que "todas as semanas, as forças da Ucrânia tornam-se mais fortes e mais bem equipadas".
O secretário-geral da NATO criticou ainda as acusações do Kremlin, a propósito um suposto ataque da parte da Ucrânia, ao próprio território com uma bomba suja, dizendo que não fazem qualquer sentido.
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"Estamos assistir às acusações da Rússia a dizer que a Ucrânia prepara-se para usar uma bomba suja radioativa. Isto é absurdo. Os aliados rejeitam esta acusação descaradamente falsa", afirmou, considerando que "a Rússia não deve usar falsos pretextos para intensificar a guerra ainda mais".
Questionado sobre o que espera da evolução da guerra, Jens Stoltenberg, aponta as características imprevisíveis do confronto armado, mas fala em negociações.
"A maioria das guerras termina à mesa de negociações e, ao mesmo tempo, sabemos que o que a Ucrânia pode conseguir à mesa de negociações depende totalmente da força no campo de batalha", afirmou, destacando o apoio que está a ser dado pelos aliados ocidentais.
"Temos de reforçar a posição da Ucrânia à mesa de negociações, dando apoio militar. É exatamente isso que os aliados da NATO estão a fazer para maximizar a probabilidade de um resultado aceitável para a Ucrânia e para encurtar o tempo até lá chegarmos", afirmou.