A reforma judicial que o governo de Benjamin Netanyahu quer levar avante permite, na prática, aos deputados revogarem decisões do Supremo Tribunal de Justiça.
Corpo do artigo
Dezenas de pilotos da Força Aérea israelita anunciaram que vão boicotar o treino militar em protesto contra as reformas legais do governo, que veem como uma ameaça à democracia. Numa carta enviada ao chefe do Estado-Maior, 37 pilotos ameaçaram não comparecer num treino marcado para quarta-feira.
"Continuaremos a servir o Estado judeu e democrático de Israel em todos os momentos e através das fronteiras (...), mas decidimos fazer uma pausa de um dia para falar dos processos preocupantes que o país enfrenta", explicou um dos pilotos aos órgãos de comunicação social de Israel, sob condição de anonimato.
A reforma judicial que o governo de Benjamin Netanyahu que levar avante permite, na prática, aos deputados revogarem decisões do Supremo Tribunal de Justiça. Há nove semanas que, todos os domingos em Telavive, há protestos de rua contra esta mudança da lei. Ainda neste último fim de semana foram mais de 150 mil as pessoas que se manifestaram.
A antiga ministra israelita da Justiça e dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Lvini, afirmou que a "democracia está em risco" e que o país tem de "lutar pela sua alma".