A ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly, admitiu esta quarta-feira que a União Europeia pode impor sanções contra o Irão na sequência da suspensão por Teerão de parte do acordo nuclear de 2015.
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Sanções da União Europeia ao Irão são uma hipótese em cima da mesa depois da suspensão por parte do Teerão ao acordo nuclear, segundo a ministra francesa das Forças Armadas. "Isso fará parte das opções que serão analisadas", afirmou a ministra em declarações ao canal BFM TV e à rádio RMC.
"Se os compromissos não forem respeitados, claro que a questão será colocada", acrescentou.
O Presidente do Irão deu 60 dias, a partir desta quarta-feira, às potências mundiais para se negociar um novo acordo nuclear, e adiantou que, em caso contrário, retomará o enriquecimento do urânio . Hassan Rouhani anunciou a redução dos compromissos assumidos pelo Irão no âmbito do pacto de 2015 num discurso à nação que fez esta quarta-feira, precisamente um ano após a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de retirar os Estados Unidos do acordo nuclear e de retomar as sanções contra Teerão.
Os outros signatários do acordo - Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China - mantiveram o acordo, mas mostraram-se incapazes de contornar as consequências da retirada dos Estados Unidos, o que levou Teerão a perder várias vantagens económicas que tinha.
O acordo internacional sobre o nuclear iraniano determinou que a República Islâmica aceitaria limitações e maior vigilância internacional do seu programa nuclear, que sempre garantiu ser apenas civil, em troca do levantamento de sanções.
Os países europeus devem reagir coletivamente e de forma "extremamente clara" a partir de Bruxelas, defendeu a presidência francesa. "Não queremos que Teerão anuncie ações que violem o acordo nuclear porque, caso isso aconteça, seremos obrigados a adotar as medidas previstas no acordo e retomar as sanções", sublinhou.
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