A rede terá realizado 400 viagens no espaço de um ano para deslocar para a Europa de forma ilegal cerca de mil pessoas provenientes do Paquistão, do Sri Lanka e da Indonésia.
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De acordo com a notícia avançada pelo jornal francês Le Figaro, a operação policial da polícia francesa arrancou em julho quando várias viaturas conduzidas por paquistaneses e com documentos obtidos em Portugal foram interceptadas junto à fronteira de Hendaia.
Na sexta-feira, foram detidos em Lisboa seis alegados membros da rede de imigração ilegal.
O Le Figaro adianta que esta rede cobrava aos imigrantes 300 euros por uma viagem de Lisboa para Paris, 350 euros para a Bélgica ou 800 euros para Itália. Se o destino fosse o Reino Unido o valor poderia chegar aos 1500 euros.
A investigação, liderada pelo Departamento Central paraa Repressão da Imigração Ilegal e Emprego de Estrangeiros sem autorização (Ocriest, na sigla em francês), visou uma dezena de organizadores e passadores em França e Portugal.
Segundo o Le Figaro, a investigação policial conseguiu identificar o que apelidou de «um pequeno exército de motoristas», bem como dois «cabecilhas» da rede: um instalado na região de Lisboa, de onde partiam os candidatos à imigração, e outro em Saint-Denis, região de Paris, onde era organizada a receção e o alojamento dos clandestinos em França.