Milhares de pessoas saem novamente à rua em protesto contra o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos.
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A França vive esta quarta-feira, 15 de março, a oitava jornada de greve numa semana decisiva para validar ou não a versão final do projeto-lei sobre a contestada reforma do sistema de pensões, que prevê aumentar a idade da reforma de 62 para 64 anos.
Esta quarta-feira, uma comissão parlamentar mista vai analisar o texto. Caso o comité conjunto consiga chegar a um acordo, o texto é votado quinta-feira no Senado e depois na Assembleia.
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O governo não tem ainda a certeza se consegue maioria na assembleia e quer evitar, a todo o custo, recorrer ao artigo 49-3.
No campo presidencial, existem dois campos: aqueles que tentam convencer que tudo vai correr bem e os que se podem abster no momento de votar. O número dois do partido presidencial, Sylvain Maillard, acredita na maioria. "Sempre defendi que havia uma maioria para votar este texto, por isso essa maioria vai existir na quinta-feira", defendeu.
No campo dos aliados do Presidente da República, cada conto vai contar. Philippe Vigier representa o partido Modem, na reta final dessas discussões. "Quando lutamos para ser eleito deputado, procuramos votos um a um e tentamos convencer as pessoas, uma a uma. E como se diz: só no fim do mercado que se fazem contas", lembra o deputado do Modem.
No papel, continua a faltar uma maioria de quarenta votos para que o texto seja aprovado. O primeiro alvo do governo: os deputados do partido de direita, Os republicanos. Perto de vinte deputados podem optar por não votar a favor do projecto-lei. O partido presidencial tenta convencer os membros do partido independente Liberdade e Território (LIOT). Principais, como nos explica o segundo seu líder Bertrand Pancher.
"Claro que existem pressões. Existem sempre pressões em permanência. Todos fomos chamados a votar e as pessoas que vão acabar por votar contra [o projecto lei] vão ser poucos", acredita o deputado.
Procurar votos fora do campo da maioria, evitando perdas internas. Vários deputados do partido Horizontes, próximos do antigo primeiro-ministro Edouard Philippe, confirmaram que este partido não vai votar a favor do texto.