A esquerda francesa conquistou, este domingo, pela primeira vez em mais de 50 anos, a maioria absoluta na câmara alta do parlamento (Senado), sete meses antes das eleições presidenciais. (Notícia corrigida)
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Os partidos de esquerda, que às 19:00 (18:00 em Lisboa) já tinham 22 lugares, estavam dependentes do resultado do departamento da Mancha (noroeste) para conseguir os 23 necessários à maioria absoluta, segundo a agência AFP.
Alguns minutos depois, o 23.º senador de esquerda foi eleito e a maioria conquistada, antes mesmo de conhecidos os resultados nos departamentos ultramarinos franceses de Martinica e Guadalupe, que não deverão alterar o resultado final.
«A esquerda conseguiu pela primeira vez a alternância» no Senado, congratulou-se Jean-Pierre Bel, líder dos senadores socialistas, que, teoricamente, poderá suceder na presidência daquela câmara a Gérard Larcher, do partido da direita UMP (União para um Movimento Popular) do Presidente Nicolas Sarkozy.
A porta-voz do governo de direita, Valérie Pécresse, afirmou «lamentar» este resultado.
Esta vitória da esquerda não deverá impedir o governo de Sarkozy de prosseguir a sua política, com o apoio da Assembleia Nacional (câmara baixa), à qual a Constituição atribui um papel predominante sobre o Senado.