O conselheiro especial do presidente francês defendeu, este domingo, que a livre circulação na União Europeia deve incluir o controlo de fronteiras exteriores.
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O conselheiro de Nicolas Sarkozy explicou que a França quer impedir a entrada de ilegais vindos de países que não pertençam à União Europeia, daí a ideia de suspender a livre circulação de pessoas em casos excepcionais.
Numa entrevista à cadeia de televisão "iTélé" e à rádio "France Inter", o conselheiro especial do presidente francês justificou a intenção de suspender o Tratado de Schengen em casos excepcionais com a necessidade de um maior controlo das fronteiras exteriores da Europa.
Henri Guaino disse que a França quer rever as cláusulas que prevêem a suspensão do acordo de Schengen, ou seja, as normas que definem em que situações o tratado pode ser suspenso.
No domingo passado, a França encerrou, durante algumas horas, a fronteira ferroviária entre Menton, nos Alpes Marítimos, e Ventimiglia, no norte de Itália, para evitar a entrada de comboios com um grande número de imigrantes da Tunísia.
Desde o início do ano, a Itália permitiu a entrada de mais de 20 mil tunisinos na ilha de Lampedusa e deu-lhes autorização para que possam deslocar-se em todo o espaço europeu.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reúne-se esta terça-feira, em Roma, com o primeiro-ministro Silvio Berlusconi para tentar aliviar as tensões entre França e Itália sobre a questão dos imigrantes da Tunísia e Líbia.