França perto de alterar lei de segurança: polícia poderá ativar sistemas de vigilância remotamente
Os autores da mudança defendem-se, dizendo que França não é um regime totalitário e que há mecanismos de segurança e fiscalização.
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A assembleia nacional em França deu, na quarta-feira, passos seguros para alterar a lei de segurança interna de forma a permitir à justiça e às polícias ativar, remotamente, câmaras, microfones e sistemas de localização de dispositivos móveis e computadores de suspeitos de atos de terror e violência.
Apesar da acusação de direitos fundamentais e de a medida ser comparada ao romance distópico "1984", de George Orwell, os autores da mudança defendem-se, dizendo que França não é um regime totalitário e que há mecanismos de segurança e fiscalização.
A morte de Nahel, captada pelas câmaras de vigilância, fez regressar a tensão entre jovens e a polícia nos bairros sociais em Nanterre, arredores de Paris, e noutros bairros desfavorecidos da capital francesa, tendo os confrontos com as forças de segurança alastrado a várias cidades francesas durante várias noites consecutivas, com a danificação de muitos edifícios públicos e viaturas.
O agente da polícia suspeito de ter alvejado mortalmente o jovem está acusado de homicídio e em prisão preventiva.