Assistiram-se aos confrontos mais violentos de sempre entre manifestantes e forças de segurança na quinta-feira.
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França enfrenta, esta terça-feira, uma nova jornada de greves e manifestações contra a reforma do sistema de pensões. É o décimo protesto em dois meses de forte, e por vezes violenta, contestação social que tem levado milhões de pessoas às ruas.
Na quinta-feira assistiram-se aos confrontos mais violentos de sempre entre manifestantes e forças de segurança, à medida que as tensões se transformavam em verdadeiras batalhas nas ruas de Paris. Uma jornada de protesto que mobilizou entre um milhão e três milhões e meio de pessoas.
Para tentar acalmar os manifestantes, a primeira-ministra Elisabeth Borne disse, no domingo, que vai receber os grupos parlamentares e os partidos políticos, admitindo também eventuais encontros com os sindicatos. Já na segunda-feira, em vez de receber o rei Carlos, o Presidente Emmanuel Macron reuniu com a primeira-ministra, outros ministros do governo e legisladores seniores para conversações de crise no Palácio do Eliseu.
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"Precisamos de continuar a estender a mão aos sindicatos. Mas ele [Macron] disse que os protestos violentos não tinham nada a ver com pensões e que tudo o que tinham em comum é o facto de visarem as nossas instituições e forças de segurança", revelou uma fonte presente na reunião, citada pela AFP.
Até agora, muitas mulheres podiam aposentar-se aos 62 anos graças a uma bonificação por maternidade, que lhes permitia compensar os anos que faltavam para uma reforma completa.
Com a nova lei, ainda que tenham os 43 anos de descontos exigidos, terão de esperar até completarem 64 anos de idade para se aposentarem, pelo que perdem os benefícios dessa bonificação.