O ministro francês da Administração Interna diz que "não é sério" manter os dados dos passageiros das companhias aéreas apenas durante um mês. Era essa a proposta inicial, há muito bloqueada no Parlamento Europeu.
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É antiga a proposta de criação de uma diretiva que conserve os dados de quem viaja de avião. A comissão parlamentar que elaborou o texto inicial definia um mês como o prazo para conservar esses dados.
Esta sexta-feira em Bruxelas, Bernard Cazeneuve considerou que esse registo é "indispensável à luta contra o terrorismo". Mas avisou que os dados devem ser mantidos durante um ano, e não apenas durante um mês. Algo que, sublinhou, "não é sério".
Cazeneuve afirma que os ministros do Interior da União Europeia chegaram a entendimento para apertar o controlo a todos os viajantes nas fronteiras externas do espaço europeu, incluindo os nacionais dos 28 estados-membros. Paris espera agora que a Comissão Europeia apresente, até ao final do ano, uma proposta nesse sentido.
Os ministros europeus da administração interna estiveram hoje reunidos em Bruxelas, uma semana depois dos ataques de Paris, em que morreram 129 pessoas. No final, Cazeneuve afirmou que foram tomadas decisões "fortes e operacionais" e que os parceiros da União deram total apoio a todas as pretensões do governo francês. Cazeneuve espera uma "reação coletiva implacável".