França reforça segurança em espaços religiosos perante ameaça terrorista

Durante este fim de semana de Páscoa, Gérald Darmanin pediu às autoridades que garantam a segurança das igrejas e espaços de culto, com uma presença reforçada de polícias e militares.

Num comunicado emitido aos jornalistas, o ministro do interior pede uma extrema vigilância durante as férias da Páscoa, tendo em conta o nível “muito elevado” da ameaça terrorista bem como a “persistência das tensões internacionais”, referindo-se à guerra em Gaza e ao ataque terrorista em Moscovo.

Confrontados com a presença das autoridades às portas das igrejas, muitos fiéis dizem sentir-se em segurança.

"Acho que é pena, mas fico aliviada que as autoridades estejam presentes", explica uma fiel à saída da igreja. "Num mundo ideal, gostaria de poder fazer esta procissão sem estar rodeada de homens que têm de garantir a nossa segurança", acrescentou outra fiel.

A polícia entrou em contacto com as paróquias, para estabelecer uma estimativa do número de fiéis presentes com vista a adaptar o sistema de segurança.

O padre Bruno Lefevre Pontais considera a presença das autoridades de segurança necessárias, durante as celebrações deste fim de semana. "É claro que gostaríamos de poder entrar e sair dos locais de culto livremente e sem problemas de segurança. Ontem à noite, tivemos cerca de 1.500 pessoas que vieram assistir à missa. A polícia esteve presente, de forma discreta, à saída. Infelizmente esta presença de autoridades é hoje necessária para prevenir qualquer incidente", descreve.

As celebrações da Páscoa acontecem poucos dias depois da França elevar ao máximo o nível de alerta terrorista no país. Dois atentados terroristas foram impedidos desde o início do ano, em França: um deles estava a ser planeado por um homem de 62 ans, jiadista, que pretendia atacar uma igreja católica.