Em reação aos resultados das Eleições Europeias, o Presidente francês dissolveu o parlamento e marcou eleições antecipadas para o final de junho
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França virou a página das Eleições Europeias e entrou, esta segunda-feira, 10 de junho, em campanha para novas eleições. O Presidente francês dissolveu o parlamento e marcou eleições antecipadas para o final do mês.
Emmanuel Macron assinou na noite passada um decreto para convocar eleições antecipadas em reação aos resultados das eleições europeias. Uma escolha pesada, um ato de confiança, como garantiu o Presidente francês: "Decidi devolver-vos a escolha do nosso futuro parlamentar através do voto. Dissolvo a Assembleia Nacional e assinarei o decreto para convocar eleições legislativas para os dias 30 de Junho e 7 de Julho. Esta é uma escolha grave e pesada, mas é acima de tudo um ato de confiança."
Em resposta, a líder do partido de extrema-direita, Marine Le Pen, afirmou estar pronta para assumir o poder em França. "Estamos prontos para chegar ao poder caso os franceses voltem a confirmar a confiança no nosso partido nas eleições legislativas. Estamos prontos para reerguer o país e fazer renascer a França."
"É a União Nacional que define o ritmo da vida política francesa", afirmou Raphaël Glucksmann, o líder do Partido Socialista que ficou em terceiro lugar com 14% dos votos, logo depois da maioria presidencial, Renascença, com 14,5%. Seguiu-se Manon Aubry, da França Insubmissa, com 10%, e a direita do candidato François Xavier Bellamy d’Os Republicanos com 7%. Quanto ao partido da Reconquista, Marion Maréchal ultrapassou a barreira dos 5%, com 5,5%, dos votos. Já os Ecologistas ultrapassaram o limite dos 5% depois de uma campanha difícil.
Jordan Bardella conquistou 31% dos votos, o candidato da União Nacional ofereceu ao partido de extrema-direita um resultado histórico, o segundo melhor resultado de uma lista francesa nas europeias - depois de, há 40 anos, Simone Veil ter vencido com 43% dos votos.
