Tudo indica que não há portugueses entre as vítimas da queda do avião da Germanwings nos Alpes franceses. O secretario de estado das comunidades já analisou a lista de passageiros e, pelos nomes incluídos, «não parece haver nomes portugueses».
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O secretário de Estado diz no entanto que não é possível dar certezas.
José Cesário disse à TSF que a situação está a ser acompanhada pelos consulados de Barcelona e Dusseldorf. Adiantou também que até ao momento ninguém solicitou informações sobre familiares que poderiam eventualmente seguir a bordo deste avião.
A empresa que gere os principais aeroportos em Espanha indicou hoje que no avião que se despenhou nos Alpes franceses seguia um número considerável de espanhóis, com o governo de Madrid a confirmar 45 passageiros com apelidos espanhóis.
«É presumível que haja a bordo um número importante de cidadãos espanhóis», declarou o porta-voz da Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea (AENA), Antonio San José, às rádios Onda Cero e Antena 3.
Por seu turno, a porta-voz do governo, Soraya Saenz de Santa Maria, afirmou que na lista dos passageiros estão 45 pessoas com apelidos espanhóis.
O governo espanhol criou um gabinete de crise na sequência do desastre do Airbus A320 da Germanwings, filial de baixo custo da alemã Lufthansa, que partiu de Barcelona rumo a Dusseldorf.
O avião, em que seguiam 148 pessoas, despenhou-se na região de Digne, perto de Barcelonette.
Numa declaração à imprensa, o presidente francês, François Hollande, disse que muitos dos passageiros a bordo seriam de nacionalidade alemã e afastou a hipótese de haver sobreviventes.
O presidente do Governo de Espanha, Mariano Rajoy, decidiu suspender a sua agenda pública no País Basco por causa do acidente aéreo nos Alpes e deu instruções à ministra do Fomento para viajar imediatamente para França.
«Os dados que tenho são preliminares, portanto não poderei dizer coisas que mais tarde não se confirmem. Estamos perante uma notícia dramática e triste, com a perda de muitas vidas humanas», disse Mariano Rajoy numa breve declaração à imprensa em Vitória, no País Basco, onde hoje inaugurou um monumento contra o terrorismo.
Pouco tempo depois, o Rei de Espanha, Felipe VI, afirmou numa conferência de imprensa em Paris, ao lado do presidente Hollande, que também iria suspender a sua visita oficial a França por causa do acidente.
«Agradecemos o esforço e a atenção do governo francês. Em conversa com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, chegámos à decisão de cancelar a viagem, ficando à espera de encontrar datas futuras para continuar esta visita», disse o Rei de Espanha.