Em pleno Euro 2016, o presidente francês anunciou em Conselho de Ministros quer travar os protestos contra a reforma laboral. Foram detidas 44 pessoas em protestos, esta terça -feira.
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François Hollande ameaçou esta quarta-feira proibir manifestações, um dia depois de ocorrerem violentos protestos em Paris contra a reforma laboral que o governo promete concretizar, independentemente da contestação.
"Numa altura em que a França acolhe o Euro 2016, em que enfrenta o terrorismo, as manifestações não serão autorizadas, se as condições de preservação dos bens, das pessoas e da propriedade pública não forem garantidas", declarou o presidente francês em Conselho de Ministros, segundo o porta-voz do governo Stéphane Le Foll.
Quarenta pessoas ficaram feridas, entre as quais 29 polícias, e houve 44 detidos, na manifestação em Paris. Segundo a polícia, o protesto juntou um máximo de 80 mil pessoas, mas a federação sindical CGT diz que reuniu 1 milhão e 300 mil manifestantes.
Desde março que a reforma sobre a lei laboral está no centro de uma viva contestação.
Esta terça-feira, a Torre Eiffel esteve fechada e ligações de transportes foram interrompidas. Nos últimos meses, as greves têm perturbado fortemente os transportes aéreos e ferroviários, tendo já causado falta de combustível e o amontoamento de lixo nas ruas de Paris.
A reforma laboral, apresentada pelo governo como um modo de flexibilizar o mercado de trabalho e reduzir o desemprego, é vista pelos manifestantes como causadora de mais precariedade.
Dois outros protestos estão marcados até ao final do mês.