Os resultados finais estão dependentes da segunda volta mas os resultados deste domingo, nas eleições regionais em França dão ao partido de extrema-direita, a Frente Nacional, como a formação mais votada em 6 das 13 regiões de França.
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A Frente Nacional, conseguiu um total nacional 27% dos votos e fica na frente em 6 das 13 regiões de França e em duas dessas regiões conseguiu mais de 40% dos votos, foi o caso da região Nord, Pas-de-Calais, Picardie, por onde concorria a líder do partido, Marine Le Pen. Ela obteve 40,6% dos votos.
No Sul do pais, na região de Provence, Alpes, Côte d"Azur, a vitória coube à sobrinha, Marion Maréchal Le Pen, que conquistou, também, 40,6% dos votos.
Para a líder da Frente Nacional, "esta votação confirma o que as eleições anteriores já tinham previsto, mas que os observadores oficiais não queriam admitir: a Frente Nacional é agora, sem dúvida, o primeiro partido de França embora esteja pouco representado no Parlamento."
O partido Republicano, do antigo presidente Nicolas Sarkozy, conquistou 27% dos votos, e 4 regiões.
Sarkozy afastou qualquer hipótese de coligação com a esquerda, na segunda volta, de modo a impedir a vitória da Frente Nacional. Para Nicolas é "tempo de mudança". "É um novo sinal da profunda ânsia que os franceses têm para que as coisas mudem no nosso país. É preciso ouvir e entender o profundo desespero dos franceses", afirma o antigo presidente.
O grande derrotado desta primeira volta, das regionais, é o Partido Socialista do presidente François Hollande. Mas o porta-voz do governo francês e ministro da Agricultura, Stéphane Le Foll, considera que a esquerda conseguiu a maioria dos votos.
"Também olhei para resultados consolidados e mostraram o equilíbrio de forças entre a esquerda, direita e da extrema-direita. Portanto, se olharmos para esse equilíbrio, a esquerda unificada deve representar mais de 36% dos votos o que a torna no primeiro partido em França", conclui o socialista.
A grande vencedora foi, contudo, a abstenção que se estima que ultrapasse os 49%, mesmo assim, inferior à registada em 2010, que atingiu os 53,6%.
A segunda volta está marcada para 13 de dezembro.