"Fundamental é que guerra pare." Costa quer reuniões quadrilaterais em "momento crítico" e onde "nada está garantido"
O presidente do Conselho Europeu sublinha que "a ação da Europa e dos Estados Unidos será sempre uma ação de suporte" e que "há matérias que só a Ucrânia pode discutir", mas só a possibilidade da Rússia estar presente no Suíça para uma conferência de paz "é bastante positivo"
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A União Europeia (UE) vai continuar empenhada nas "dimensões fundamentais" para que "a guerra pare", independentemente do nome que lhe é atribuído, realçando que o processo para tal "está num ponto crítico". Declarações de António Costa, presidente do Conselho Europeu, após a reunião desta terça-feira com alguns líderes europeus, que fizeram o rescaldo do encontro entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky.
"O que é fundamental não são as palavras, é que a guerra pare. Acabem os ataques, a destruição, sobretudo, a destruição de vidas. Se lhe chamamos tréguas, cessar-fogo, ou acordo de paz, o que importa é que guerra termine", disse.
Segundo António Costa, "há matérias que só a Ucrânia pode discutir" e ainda se está "num ponto crítico", mas a UE irá continuar a trabalhar em "três dimensões fundamentais": reforçar o pacote de sanções à Rússia, desbloquear a facilidade europeia para a "paz duradoura" e avançar no processo de alargamento.
Questionado sobre a possibilidade de tropas europeias em território ucraniano, o presidente do Conselho Europeu reforçou que "a ação da Europa e dos Estados Unidos será sempre uma ação de suporte", sendo que as forças armadas ucranianas é que são "base da segurança". Nos "próximos dias", expectável ainda esta semana, o Reino Unido e a França, em conjunto com Washington, vão estabelecer um plano que concretize "as futuras garantias de segurança" para a Ucrânia.
Numa altura em que "nada está garantido", António Costa perspetivou um cenário futuro de reuniões bilaterais, trilaterais e quadrilaterais sobre a Ucrânia e defendeu: "Importa pouco qual o nosso estado de espírito. (...) Só a existência da possibilidade da Rússia estar presente na Suíça é um facto bastante positivo. Temos de trabalhar para que se transforme em realidade."
preparar as garantias de segurança "particularmente importante"
Do ponto de vista da UE discutiram o que podem fazer: três dimensões fundamentais, reforçar as sanções sobre a Rússia avançando com mais um pacote
2.º Desbloquear a facilidade europeia para a paz, em segundo lugar, reforçando a capacidade das Forças Armadas ucranianas
3.º Avançar no processo de alargamento, com o acesso à UE da Ucrânia
Muito trabalho pela frente, estamos num ponto crítico
Questionado sobre cessar-fogo ou acordo de paz: O que é fundamental não são as palavras, é que a guerra pare. Acabem os ataques, acabem a destruição e sobretudo a destruição de vidas. Se lhe chamamos tréguas, cessar-fogo, ou acordo de paz, o que importa é que guerra termine.
Tropas europeias em território ucraniano? Será estabelecido "nos próximos dias" que o Reino Unido e a França, em conjunto com os Estados Unidos, concretizem as futuras garantias de segurança. Dependerá do trabalho das chefias militares. "cONVÉM ter noção clara: a base das forças de segurança são as forças armadas ucranianas" estão na linha da frente. A ação da Europa e dos Eua será sempre "uma ação de suporte", em função de uma paz duradoura
"Há matérias que só a Ucrânia pode discutir".
Vladimir Putin pode estar presente na Suíça? "Importa pouco qual o nosso estado de espírito. (...) Só a existência da possibilidade é um facto bastante positivo. Temos de trabalhar para que se transforme em realidade. Precisamos de avançar para uma reunião trilateral.
Esta terça-feira, os líderes dos países da UE reunira-se por videoconferência do Conselho Europeu, presidida por António Costa, para avaliar a reunião entre Trump e Zelensky, com a participação de Ursula von der Leyen e dos presidentes e primeiros-ministros de países europeus que apoiam a Ucrânia.
A Europa está pronta para cumprir a sua parte a todos os níveis.
A Suíça mostrou esta terça-feira disponibilidade para oferecer imunidade ao Presidente russo, Vladimir Putin, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional, sob a condição de comparecer no país para uma conferência de paz.