Mais de 700.000 pessoas saíram hoje à noite às ruas de Jerusalém para acompanhar o corpo do influente rabino sefardita Ovadia Yosef, no que se tornou o maior funeral da história de Israel, indicou a polícia.
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«Estimamos que haja mais de 700.000 pessoas a participar no maior de sempre dos funerais em Israel», escreveu o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, na sua conta da rede social Twitter, referindo-se às exéquias de Yosef.
Rosenfeld referiu que há mais de 4.000 polícias a garantir a segurança do evento, que encerrou muitas ruas na Cidade Santa.
Os serviços de emergência de Israel Magen David Adom indicaram que mais de 150 pessoas sofreram ferimentos ligeiros devido à sobrelotação das ruas e que outros 15 foram transportados para o hospital.
Segundo o Gabinete Central de Estatísticas, há atualmente um pouco mais que seis milhões de judeus em Israel, o que significa que um em dez judeus foi ao funeral.
Ovadia Yosef, de 93 anos, que gozava de uma enorme influência entre judeus israelitas com ascendência do Médio Oriente e do norte de África mas cultivava a controvérsia com as suas opiniões francas, tinha andado dentro e fora do hospital e sido submetido a cirurgia cardíaca.
Antigo rabino chefe sefardita de Israel cujo filho assumiu as mesmas funções em junho, Yosef desempenhou com frequência o papel de 'fazedor de reis' na instável política de coligações do país.
Era também o líder espiritual do partido ultraortodoxo Shas, que integrou a maioria das coligações governamentais antes de passar à oposição, após as eleições de janeiro.