O Centro Nacional de Furacões norte-americano informou, entretanto, que o percurso previsto para o Irma se modificou, devendo passar pelo sudoeste da Florida, na região das Keys e de Tampa.
Corpo do artigo
* Notícia atualizada à 01h30 (10 setembro) com testemunho de lusodescendente em Miami
O furacão Irma abrandou e desceu para a categoria 3 (numa escala até 5), mas deverá voltar a ganhar força ao aproximar-se ainda mais da Florida (sul dos Estados Unidos), adiantou o Centro Nacional de Furacões norte-americano.
De acordo com o centro, num boletim divulgado às 16h00 em Lisboa, o Irma "é [agora] um furacão de categoria 3" mas "deverá ganhar força ao dirigir-se para o sul da Florida e para as Keys [pequeno conjunto de ilhas a sul do território continental dos Estados Unidos]".
O furacão Irma já esteve na categoria máxima na escala Saffir-Simpson (5), já passou para categoria 4 e agora desce para 3, poucas horas antes de tocar terra no sul da Florida. Espera-se que tal aconteça na madrugada de sábado para domingo.
O Centro Nacional de Furacões norte-americano informou, entretanto, que o percurso previsto para o Irma se modificou. O "olho" do furacão deverá agora passar pelo sudoeste da Florida, nomeadamente na região das Keys e de Tampa, algures durante a manhã de domingo.
Durante a tarde de domingo, o furacão deverá seguir ao longo da costa sudoeste da Florida. No entanto, todo o estado da Florida sentirá os efeitos do fenómeno.
A TSF conversou com Alberto Carvalho, luso-descendente e diretor do quarto maior distrito escolar dos Estados Unidos, que fica em Miami, que contou à TSF como se vivem estas horas de espera pela tempestade. A meio da tarde de sábado já eram sentidos ventos muito fortes e o mar muito picado.
TSF\audio\2017\09\noticias\10\alberto_carvalho_1_00h
Alberto Carvalho explica que a cidade vai ser sujeita a recolher obrigatório e garante que as escolas que servem de refúgio estão preparadas para enfrentar o Irma
TSF\audio\2017\09\noticias\10\alberto_carvalho_2_00h_lei
O luso-descendente lembra que, nos últimos 25 anos, as casas já foram construídas para enfrentar fenómenos violentos como este.
TSF\audio\2017\09\noticias\10\alberto_carvalho_3_00h_casas
As primeiras chuvas e consequentes cortes de eletricidade associados à passagem do furacão Irma fizeram-se sentir sábado de manhã em Miami.
A cidade de Miami, com uma população de 440 mil habitantes, passou os últimos dias a preparar-se para a chegada do Irma, descrito pelo governador estadual, Rick Scott, como "devastador".
O Irma avança atualmente pelo norte de Cuba, onde tocou terra, na noite de sexta-feira, no arquipélago de Camagüey.
Este furacão, o mais poderoso registado no Atlântico, causou pelo menos 18 mortos à passagem pelas Antilhas Menores e Porto Rico, e destruiu a ilha de Barbuda e a parte francesa de Saint-Martin.
No Atlântico, o José é neste momento um furacão de categoria 4, com ventos máximos de 240 quilómetros por hora e movimentando-se a cerca de 20 quilómetros/hora. No entanto, o centro de furacões norte-americano estima que continuará a perder força nos próximos dias.
No Golfo do México, o furacão Katia tocou terra já durante a noite de sexta-feira, a norte de Tecolutla, México, enfraquecendo para o estatuto de "tempestade tropical" e depois para "depressão tropical".
Este sábado de manhã estava a 217 quilómetros a sul de Tampico, México, movendo-se muito lentamente (3,2 quilómetros hora) perto da cadeia montanhosa de Sierra Madre, com ventos máximos de 64,4 quilómetros hora. Espera-se que o Katia enfraqueça ainda mais ao longo do dia.