Furacão Laura já chegou aos EUA com "tempestades catastróficas, ventos extremos e inundações"
Autoridades lembram que quem reside nas faixas costeiras corre risco de vida.
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O furacão Laura já chegou ao estado de Luisiana, nos Estados Unidos, com ventos de 240 quilómetros por hora.
O serviço de meteorologia dos Estados Unidos fala em "tempestades catastróficas, ventos extremos e inundações rápidas" em vários locais do sul do estado, bem próximo do Texas.
O furacão Laura aumentou esta quarta-feira de intensidade, passando para a categoria 4, a segunda mais grave da escala, e é considerado "extremamente perigoso".
Esta quarta-feira as autoridades do Luisiana e Texas alertaram a população para uma tempestade "impossível de sobreviver" e pediram a quem reside nas faixas costeiras para abandonarem a região "antes que se seja tarde".
Todos os "preparativos para proteger a vida e a propriedade" devem ser ultimados mais depressa possível, reforçou esta quinta-feira o Centro Nacional de Furacões.
As imagens de satélite mostram a intensificação do Laura, que se transformou num "furacão formidável", capaz de destruir habitações e de inundar comunidades inteiras assim que surja a chuva, que poderá atingir os 6,10 litros por metro quadrado", indicou o Centro Nacional de Furacões.
Esta quarta-feira de manhã também, o furacão encontrava-se localizado a 365 quilómetros de Lake Charles (Luisiana), movendo-se a uma velocidade de 26 quilómetros por hora.
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Os alertas de furacão foram lançados desde San Luis Pass (Texas), até Intracoastal City, na zona de Vermillion, na Luisiana, e deverá progredir 322 quilómetros em terra firme, indicam as revisões.
Segundo as autoridades meteorológicas norte-americanas, um furacão de categoria 4 pode provocar danos tão catastróficos que as redes de distribuição elétrica poderão levar meses a reparar, ao mesmo tempo que vastas áreas poderão ficar inabitáveis durante semanas ou meses.
Este contexto vai provoca um novo desafio desastroso para o Governo norte-americano, já a braços com a pandemia do novo coronavírus - os estados Unidos são o país mais afetado pela Covid-19, com mais de 5,7 milhões de casos de infeção e quase 180 mil mortes.
"Temos de nos preocupar com a capacidade federal para responder a um desastre provocado por um grande furacão, em particular nos cortes de energia elétrica que terão grande impacto no domínio da saúde pública", disse Kathleen Tierney, antiga diretora do Centro de Riscos Naturais, na Universidade do Colorado.
O furacão também está a ameaçar a indústria energética norte-americana. O Governo dos Estados Unidos sublinhou já que 84% da produção de petróleo do golfo do México está parada, o mesmo sucedendo com pelo menos 61% da produção de gás natural. Na mesma região, cerca de 300 plataformas petrolíferas foram encerradas.
O furacão Laura chegará aos Estados Unidos após ter provocado a morte de 15 pessoas em Santo Domingo, capital da República Dominicana.