Oito dos nove candidatos às eleições presidenciais do Brasil protagonizaram, na noite desta quarta-feira, um debate no SBT, em parceria com a Folha e com o UOL.
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Ciro Gomes, terceiro nas sondagens, e Geraldo Alckmin, o quarto, pediram o voto dos eleitores para impedir a polarização entre o capitão do exército de extrema-direita Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, o candidato do PT, partido de esquerda que governou o país em 13 dos últimos 15 anos.
Marina Silva, que segue em quinto, apelou ao voto das mulheres. "Afinal", disse ela, "eu sou a única, aqui, entre sete homens".
Guilherme Boulos, o mais jovem dos candidatos, piscou o olho à juventude na declaração final.
Álvaro Dias despediu-se tentando seduzir os adeptos dos dois maiores clubes do Brasil. "Vou sair daqui do debate e assistir ao Corinthians-Flamengo".
Já o Cabo Daciolo, que interrompeu o jejum num monte algures no estado de São Paulo onde tem passado a maioria da campanha, desceu aos estúdios cheio de fé. "Sinto que vou ganhar na primeira volta com 51% dos votos", sendo que na maioria das sondagens atinge entre 0 e 1 ponto apenas.
Fernando Haddad, que por ser o segundo classificado nas sondagens, foi o mais atacado, resumiu o seu programa de ação a duas palavras "emprego e educação".
Foi assim o antepenúltimo debate televisivo, no canal SBT, marcado, mais uma vez, pela ausência do Jair Bolsonaro, o deputado de extrema direita que recupera de uma facada no estômago, sofrida em comício no dia 6 de setembro, que lidera as sondagens.
Na mais recente sondagem chega aos 27 pontos, mais seis do que Haddad, que tem 21, e pouco a pouco aproxima-se do resultado que Lula da Silva, preso em Curitiba, obtinha quando ainda era incluído nos inquéritos. A larga distância segue Ciro, com 12, e Alckmin, com 8.
As eleições estão marcadas para dia 7, a primeira volta, e dia 28, a segunda.