O G20, o grupo das mais importantes economias de países desenvolvidos e emergentes, está determinado a adotar medidas contra as falhas do sistema fiscal internacional.
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Em comunicado, no final de uma reunião em Moscovo, capital da Rússia, o G20 frisou que vai tomar «as ações coletivas necessárias» para mudar esta realidade e reafirmou o «compromisso para reforçar a partilha de informações automáticas».
Os ministros das Finanças e os governadores dos bancos centrais dos principais países desenvolvidos e emergentes, reunidos hoje e na sexta-feira, decidiram igualmente esperar que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económicos (OCDE) apresente o seu plano de ação «multilateral» sobre o assunto.
Num relatório publicado nesta semana, a OCDE comprometeu-se a preparar, até julho, um «plano de ação» ambicioso para alterar as normas internacionais, consideradas inadequadas para responder ao atual desenvolvimento económico e à globalização, pois têm permitido «muito frequentemente» que as multinacionais «escapem completamente aos impostos».
Na conferência de imprensa realizada hoje de manhã, em Moscovo, os ministros das Finanças francês, alemão e britânico manifestaram apoio à iniciativa anunciada pela OCDE.
O G20 reuniu-se em Moscovo para analisar, entre outras questões, as desvalorizações implícitas adotadas por diversos países para reativar as suas economias através da melhoria da competitividade do setor exportador.
A desvalorização de uma moeda melhora a posição relativa das exportações desse país no exterior, ao mesmo tempo que encarece as importações e, consequentemente, o consumo das mesmas.