O G20 vai iniciar um processo de reforma do Conselho de Estabilidade Financeira que permita um maior controlo continuado das remunerações no sector financeiro.
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Segundo o comunicado preliminar da cimeira de Cannes, divulgado esta sexta-feira, os países do G20 comprometem-se a vigiar atentamente e de forma continuada os dividendos distribuídos pelos bancos.
As práticas remuneratórias exigem ainda transparência na divulgação dos resultados das instituições bancárias.
No projecto de declaração final, a que a agência France Presse teve acesso, os países mais ricos e emergentes do mundo pedem ao Conselho de Estabilidade Financeira (CEF) que assuma este processo de controlo.
Para tal, propõem uma reforma do conselho com mais poderes, recursos, um mandato político forte e autonomia financeira.
Neste projecto do G20, cabe também ao CEF identificar as lacunas e os obstáculos que impedem a aplicação das normas internacionais que regulam o sector.
Fazem parte do CEF bancos centrais, outras entidades reguladoras e ministros das Finanças.
O CEF é dirigido por Mário Draghi, mas os países do G20 devem nomear, nesta cimeira, um sucessor do actual governador do BCE.