O grupo de países mais industrializados do mundo reafirma ainda a continuidade do apoio à Ucrânia.
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Os ministros dos Negócios Estrangeiros do grupo de países mais industrializados do mundo (G7), reunidos esta quarta-feira em Tóquio, apoiam o estabelecimento de pausas humanitários em Gaza com vista a facilitar a criação de um corredor seguro que permita a entrada imediata de ajuda.
De acordo com a agência de notícias France-Presse, os países do G7 - Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido - reconhecem o direito de Israel a defender-se "conforme o direito Internacional" e apelam a que o Irão se abstenha de apoiar o Hamas.
O G7 pretende equilibrar as críticas sobre os ataques do Hamas contra Israel e pede, por isso, a "ações urgentes" para ajudar os civis do enclave palestiniano sitiado que necessitam de alimentos, água, cuidados médicos e abrigo.
Antes da reunião do G7, o Japão já tinha manifestado intenção de trabalhar numa "mensagem unificada para acalmar a situação no Médio Oriente. Também os Estados Unidos defenderam uma pausa humanitária nas ofensivas israelitas, apesar do secretário de Estado, Antony Blinken, não ter conseguido convencer o governo israelita, na sua recente visita ao país.
A guerra na Ucrânia foi outro dos principais pontos da agenda dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que reafirmaram que o seu apoio "nunca vacilará".
"Apelamos ainda à China que não ajude a Rússia na guerra contra a Ucrânia", defenderam os ministros numa declaração conjunta após conversações no Japão.
Na cimeira de líderes realizada em maio passado na cidade japonesa de Hiroshima, os países do G7 já tinham prometido prestar ajuda à Ucrânia "durante o tempo que for necessário" e "por todos os meios possíveis".
Além disso, os ministros dos Negócios Estrangeiros discutiram o aumento da instabilidade na região Ásia-Pacífico devido à ascensão militar da China, às tensões à volta de Taiwan e ao desenvolvimento de armas na Coreia do Norte, juntamente com o fortalecimento dos seus laços com Moscovo e o Irão.
A declaração conjunta do G7 reafirma a importância da manutenção da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan, bem como do respeito pelo direito internacional nos mares do leste e do sul da China, onde se registam vários incidentes entre navios chineses e de outros países asiáticos.