A cimeira dos chefes de Estado do G8, reunida hoje em França, vai apelar aos regimes líbio e sírio para pararem com a violência e terem em conta as aspirações dos respectivos povos.
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O projecto de declaração da cimeira do G8 exige ao regime de Kadhafi o fim imediato do uso da força e apoia uma solução política que seja o reflexo da vontade do povo líbio.
O documento, a que a agência France Presse teve acesso, deixa também um apelo à Síria. Os líderes dos oito países mais ricos do mundo pedem a Bachar al-Assad que não volte a intimidar os sírios através de acções violentas.
Além disso, o G8 pede também a Damasco que procure o diálogo e concretize reformas fundamentais.
Contudo, a situação na Síria não merece consenso entre os países do G8. Vários países ocidentais já adoptaram sanções contra o regime sírio, mas a Rússia opõe-se a uma declaração da ONU que condena a repressão das manifestações no país.
Na resolução, que vai ser aprovada em Deauville (França), o G8 alarga os apelos à paz aos israelitas e aos palestinianos, pede aos dois lados para que sem demora iniciem discussões substanciais com vista a um acordo para uma paz duradoura e que defina todas as questões ligadas ao estatuto final tanto de Israel, como da Palestina.
Os países do G8 mostram-se convencidos de que as mudanças históricas em curso no Médio Oriente, e em várias regiões de Àfrica, tornam ainda mais importante a resolução do conflito israelo-palestiniano pela via negocial.
O G8 anuncia ainda que vai estabelecer uma parecia duradoura com a Tunísia e o Egipto, descritos no projecto de resolução como dois países comprometidos com uma transição para a democracia, de acordo com a vontade das respectivas populações.
O grupo dos oito países mais industrializados integra a Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá, EUA e Rússia.