O G8 olha para a crise do Euro com preocupação. Reunidas este fim-de-semana em Camp David as mais fortes economias do mundo vão pedir à Europa para não deixar afundar a Grécia.
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A linguagem diplomática é clara em dizer coisa nenhuma. O porta-voz de Obama espera que este encontro promova a discussão de uma abordagem compreensiva para resolver a crise económica da zona euro.
A situação da Europa do Euro é, aliás, o grande nó que esta cimeira vai analisar mas nem sequer vai tentar desatá-lo. No ambiente rústico da casa de campo do presidente dos Estados Unidos, os oito chefes de Estado e de Governo dormem em cabanas de madeira, mas não sonham com grandes decissões deste encontro.
Há apenas um conselho, abrandar a austeridade fiscal e apostar no crescimento económico.
Antes do arranque oficial dos trabalhos, o presidente da Comissão Europeia e o presidente do Conselho Europeu anunciaram levar até Camp David uma mensagem de "convição e determinação" pelo futuro da Europa e do mundo.
O risco de saída do Euro da Grécia está a fazer descer as cotações das empresas europeias e isso preocupa os Estados Unidos, como ficou expresso na conversa de Obama com o primeiro ministro italiano e com o presidente Françês.
Os obervadores dizem que perante esta nova abordagem a chanceler Alemã Angela Merkel aparece isolada, já que foi a mãe da estratégia da austeridade fiscal.
No rascunho da declaração final da cimeira a que a agência de notícias Reuters teve acesso é sublinhado o imperativo para o crescimento e o emprego, mas a agenda da cimeira também passa pelo mapa dos conflitos mundiais.
Afeganistão, Irão, Síria e Coreia do Norte estão em cima da mesa que analisa ainda a subida dos preços do petróleo e dos produtos alimentares.