O G8 apelou, esta terça-feira, a um aumento da produção de petróleo e a um ajuste nas taxas de câmbio das economias emergentes. Os líderes concordaram ainda na redução de «pelo menos 50 por cento» nas emissões de gases com efeito de estufa.
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Os líderes dos países mais industrializados e da Rússia apelaram, esta terça-feira no Japão, aos países produtores de petróleo para aumentarem «a curto prazo» as capacidades de produção e refinação.
Em comunicado, os dirigentes mostraram alguma preocupação com o aumento das pressões inflacionistas na economia mundial, devido à alta nos preços das matérias-primas, alertando que colocam em perigo a estabilidade do crescimento mundial.
Os líderes dos EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Itália, Rússia e Canadá reconheceram igualmente que os países ricos deveriam contribuir para estabilizar os preços do petróleo, «fazendo esforços suplementares para melhorar a eficiência energética» e apostando na diversificação energética.
O G8 defendeu também um ajuste nas taxas de câmbio das economias emergentes, num apelo que está a ser interpretado como um sinal para o governo de Pequim, motor de um crescimento económico que tem colocado alta pressão nas matérias-primas.
Os líderes defenderam ainda que um «acordo ambicioso, equilibrado e exaustivo no âmbito das negociações de Doha», que visam diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, «é essencial para o crescimento económico e para o desenvolvimento».
No comunicado, os dirigentes dos oito países afirmam-se contra tentativas proteccionistas no sector do comércio e do investimento internacional e congratularam-se com a convocação de uma reunião ministerial da OMC a partir de 21 de Julho, em Genebra, para tentar desbloquear as negociações.
Quanto às alterações climáticas, os parceiros do G8 concordaram na redução de «pelo menos 50 por cento» nas emissões de gases com efeito de estufa até 2050.
No entanto, o primeiro-ministro do Japão fez saber que este objectivo necessita da colaboração de outras grandes economias, como a China e a Índia.
A cimeira do G8, que teve início segunda-feira num hotel de luxo isolado nas montanhas do norte do Japão, prossegue com discussões sobre o ambiente e o desenvolvimento africano, concluindo quarta-feira.