
Anthony e Rosinha Garotinho
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Anthony e Rosinha Garotinho, que já foram governadores do Rio, perderam relevância à custa de derrotas nas urnas, e até detenções. Recuperaram-na, deitados numa cama, na internet.
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Na política espetáculo à brasileira, o casal Anthony e Rosinha Garotinho merece um capítulo.
Anthony Oliveira começou a relatar jogos de futebol numa rádio de Campos de Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, aos 15 anos, razão da sua alcunha, Garotinho.
Eleito e reeleito prefeito da cidade, beneficiou-se do apoio do histórico Leonel Brizzola para ganhar o governo do Rio de Janeiro em 1999.
Tentou até ser Presidente da República, em 2002, mas perdeu. Em compensação, ajudou a eleger Rosinha, sua mulher, como sucessora no governo do Rio.
Mas, de então para cá, o casal foi acumulando mais derrotas do que vitórias políticas. E trocando de partido a um ritmo preocupante - ele já vai em sete e ela em cinco.
Pior. Somam também prisões, por corrupção e outros crimes relacionados: Anthony foi detido e solto três vezes, Rosinha detida e solta uma.
Hoje, numa carreira com tantos altos e baixos, mais baixos do que altos, o seu peso político é uma ínfima parte do que foi na época da viragem do milénio. Que nem a eleição de Clarissa Garotinho e Wladimir Garotinho, dois dos seus nove filhos, como deputados federais ameniza.
Ora, como quem se habitua aos holofotes perde-se sem a presença deles, Anthony e Rosinha quiseram voltar à ribalta.
Não pela política, nem sequer pelo rádio mas pela mais moderna internet. Agora em lives nos seus perfis oficiais de Facebook os dois, deitados numa cama, dão conselhos matrimoniais, sentimentais e até sexuais a quem se interessar.
E, sim, voltaram a ser notícia.
O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da TSF a crónica Acontece no Brasil