O cessar fogo termina na sexta-feira. O prolongamento tinha sido pedido pelo secretário-geral da ONU.
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O chefe adjunto da organização extremista Hamas, Moussa Abou Marzouk, negou hoje qualquer acordo para prolongar o cessar-fogo de 72 horas, afirmando que quaisquer notícias do género carecem de fundamento.
Uma fonte oficial israelita tinha declarado antes à agência noticiosa France Press «não ver qualquer problema» em as tréguas, a vigorar desde terça-feira na Faixa de Gaza, serem alargadas «sem condições nem limites temporais».
«Não há acordo para prolongar o cessar-fogo. Quaisquer notícias sobre uma extensão das tréguas são infundadas», escreveu Marzouk, que integra a delegação presente nas negociações do Cairo, na sua conta de uma rede social.
As armas, de um lado e de outro, têm estado caladas na região desde as 08:00 de terça-feira, depois de mais de um mês de confrontos, incluindo a presença militar hebraica, por terra. Mais de 1.800 palestinianos morreram e Israel sofreu 67 "baixas".
As lojas, mercados, bancos e outros locais públicos reabriram em Gaza, com milhares de pessoas a acorreram às ruas, depois de muitos terem sido obrigados a deslocar-se para escolas em busca de abrigo dos bombardeamentos das forças judaicas.
Bombeiros e equipas médicas têm estado a limpar entulho e a recuperar corpos de entre os destroços. Uma das áreas mais atingidas é a cidade mais a sul, Rafah, onde o exército israelita tentou destruir uma alegada rede de túneis utilizada pelo Hamas para esconder e disparar morteiros e outros engenhos.