Intensos ataques lançados na Faixa de Gaza fizeram, esta terça-feira, mais 26 mortos palestinianos, incluíndo quatro crianças. A única central elétrica do território deixou de funcionar. Também o exército israelita refere, em comunicado, a morte de cinco jovens soldados.
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Durante toda a manhã, as sirenes estiveram a tocar nas cidades israelitas perto da linha de fronteira com a Faixa de Gaza. Um sinal do lançamento de rockets do lado palestiniano.
Entre os 26 palestinianos que morreram hoje há pelo menos nove mulheres e quatro crianças, que foram atingindas num raide aéreo em Rafah (sul) e por tiros de artilharia israelita sobre o campo de refugiados de Bureij (centro), segundo os serviços de emergência palestinianos.
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Os soldados israelitas, com idades entre os 18 e os 21 anos, morreram em confrontos com os palestinianos no momento em que tentavam entrar em Israel através de um túnel situado na fronteira com a Faixa de Gaza.
A única central elétrica deste território deixou de funcionar. De acordo com uma fonte oficial a fábrica parou, esta noite, após os bombardeamentos israelitas.
Um gerador terá sido atingido e depois os reservatórios de combustível começaram a arder. Esta central assegura cerca de 30% do consumo de energia eléctrica na Faixa de Gaza.
Os aviões israelitas bombardearam a casa do dirigente do Hamas, Ismaïl Haniyeh, localizada no campo de refugiados de Chati, no noroeste de Gaza, onde oito crianças e dois adultos morreram na segunda-feira. A Reuters cita o ministro do Interior de Gaza que garante que o ataque apenas provocou estragos materiais.
Na segunda-feira à noite, os bombardeamentos intensificaram-se, na Faixa de Gaza, com Israel a lançar ataques sobre a cidade, incluindo sobre a televisão e rádio do Hamas.
Um total de 1.113 palestinianos morreu em Gaza desde o começo da operação israelita, com sinal de partida a 8 de julho.
Israel perdeu um total de 53 soldados, o número mais elevado desde a guerra contra o Hezbollah libanês em 2006. Entre as vítimas registadas em 21 dias de conflito há ainda três civis israelitas.