O Presidente italiano apelou hoje às forças políticas para se aliarem e formarem rapidamente um novo Governo, no discurso que proferiu após ser empossado para um segundo mandato.
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«Temos de avançar sem demora para a formação do Governo», afirmou Giorgio Napolitano no Parlamento, lembrando que, dois meses após as legislativas, é preciso um «entendimento entre as diversas forças», pois nenhuma teve os votos necessários para governar sozinha.
Napolitano deveria terminar o seu mandato presidencial a 15 de maio, mas hoje de manhã teve de demitir-se para poder ser empossado e acelerar a formação de um Governo que ponha fim ao impasse político no país.
A posse do Presidente, de 87 anos, teve lugar numa sessão conjunta das duas câmaras do Parlamento.
Giorgio Napolitano foi reeleito no sábado para um segundo mandato de sete anos, uma eleição sem precedentes e considerada histórica.
Nas cinco votações que antecederam a sua eleição, nenhum dos candidatos apresentados conseguiu o número necessário de votos.
Napolitano aceitou então o pedido do Partido Democrático (PD, esquerda) e da direita para se candidatar a um segundo mandato, apesar da sua idade avançada, para tentar que o país ultrapasse a situação em que se encontra desde as eleições legislativas inconclusivas de finais de fevereiro.
Logo após o chefe de Estado ter atingido o número de votos necessários para a reeleição, a assembleia de 'grandes eleitores', constituída pelos 315 senadores, pelos 630 deputados e 62 delegados regionais, iniciou uma longa salva de palmas.
A ovação foi repetida quando foram proclamados os resultados oficiais, tendo Napolitano sido eleito com 738 votos.
Napolitano, um ex-comunista elogiado pela sua imparcialidade, nasceu a 25 de junho de 1925.