A formação dividiu-se em três fases, entre janeiro e julho deste ano, e abordou várias temáticas
Corpo do artigo
A GNR ajudou a formar 162 membros das forças de segurança da Ucrânia, através de uma iniciativa da missão de assessoria da União Europeia. Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a Guarda Nacional Republicana apresenta os resultados de um ato de formação que liderou ao longo dos últimos meses. Envolveu mais de 150 elementos ucranianos da Polícia Nacional, da Guarda Nacional e da Academia Nacional do Ministério do Interior da Ucrânia, com o objetivo de reforçar o policiamento em zonas da Ucrânia recuperadas à Rússia, durante a guerra, libertando assim as Forças Armadas ucranianas para as funções nas frentes de combate.
O major Hélder Garção, da GNR, foi um dos responsáveis por esta formação. À TSF, explica que este reforço serve para ajudar a estabilizar estes territórios, por via destes formadores, que "têm agora a missão de passar as competências adquiridas a mais de 40 mil elementos das forças de segurança ucranianas".
Foram abordadas várias temáticas durante a formação, como o policiamento em áreas de conflito, a segurança e proteção de movimentos e intervenções táticas especiais, mas também gestão de stress e mitigação de perturbações pós-traumáticas, direitos humanos e questões de género. O major Hélder Garção garante que formar forças de segurança da Ucrânia nestas áreas também é o do interesse de Portugal. "Face ao atual contexto, a nossa segurança nacional começa além-fronteiras. Todas estas atividades que possamos desenvolver com grandes organizações internacionais são muito importantes", defende. O responsável diz ainda que atos destes ajudam a reforçar a imagem das forças de segurança portuguesas no estrangeiro.
A equipa liderada pela GNR pertence à EUROGENDFOR, uma iniciativa multinacional de Estados-Membros da União Europeia, com o objetivo de reforçar as capacidades internacionais de gestão de crises e contribuir para o desenvolvimento da Política Comum de Segurança e Defesa. Foi composta por elementos especializados de vários países: quatro de Portugal, dois de França, dois de Espanha e dois da Lituânia.