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Prestação de três clubes, Flamengo, Atlético Mineiro e Corinthians, ajuda jovens de baixos rendimentos a entrar num curso superior.
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Fernando Costa, reitor da Universidade do Brasil, teve uma ideia. Já que tanto se fala da relação entre desporto e educação porque não criar uma ligação direta entre os dois?
Agora, no Brasil, famílias com poucos rendimentos financeiros e adeptas do Flamengo, do Rio de Janeiro, do Atlético Mineiro, de Belo Horizonte, e do Corinthians, de São Paulo, podem entrar na faculdade - dependendo das prestações das suas equipas.
No projeto Desporto com Educação, cada vitória, cada golo marcado, cada jogo sem sofrer golos e cada jornada na liderança do campeonato valem pontos.
Pontos esses que se traduzem em bolsas de estudo, presencial ou à distância, para pessoas de famílias com rendimentos até dois salários mínimos (cerca de 500 euros).
Em 2018, 106 flamenguistas, 81 atleticanos e 57 corintianos foram os felizes contemplados.
Puderam escolher um de 65 cursos disponíveis, com bolsas pagas, além de conhecerem os clubes de perto, assistindo a treinos e outras atividades.
Numa fase posterior do projeto, os clubes vão construir polos estudantis nas suas academias de futebol. A ideia, entretanto, é ampliar o projeto para todos os outros grandes clubes brasileiros.
Até ver, o Desporto com Educação pode ser um golo - um golaço - no meio de tantos autogolos que a educação do Brasil tem marcado.
*O correspondente da TSF no Brasil, João Almeida Moreira, assina todas as quintas-feiras no site da TSF a crónica Acontece no Brasil.