Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico lembra que "os zimbabueanos sofreram por muito tempo como resultado do regime autocrático".
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A morte do antigo Presidente do Zimbabué Robert Mugabe foi recebida com "sentimentos ambíguos", disse fonte do Governo britânico, que desejou que o país encontre um caminho "mais democrático e próspero".
"Há sentimentos ambíguos no Zimbábue hoje relativamente à morte de Robert Mugabe. Expressamos as nossas condolências àqueles que lamentam a morte de Robert Mugabe", disse hoje um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.
No entanto, acrescentou, "os zimbabueanos sofreram por muito tempo como resultado do regime autocrático de Mugabe. Esperamos que, nesta nova era, o Zimbabué possa continuar num caminho mais democrático e próspero".
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O ex-Presidente do Zimbabué Robert Mugabe morreu esta sexta-feira aos 95 anos, cerca de dois anos após renunciar ao cargo que ocupou durante 37 anos, anunciou o atual chefe de Estado, Emmerson Mnangagwa.
Mugabe morreu num hospital em Singapura, rodeado pela sua família e pela sua mulher, Grace.
O ex-Presidente do Zimbabué estava a receber tratamento médico na cidade asiática há cinco meses.
Mugabe nasceu em 21 de fevereiro de 1924. Na década de 1970 liderou uma campanha de guerrilha contra o Governo da ex-colónia britânica.
Em 1979, a então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher anunciou que o Reino Unido reconheceria oficialmente a independência da Rodésia, como era designado naquela altura o país. Mugabe foi eleito primeiro-ministro no ano seguinte.
Robert Mugabe deteve o poder no Zimbábue durante 37 anos, antes de ser derrubado num golpe de Estado em novembro de 2017.