Downing Street anunciou que vão rever os procedimentos de segurança. No domingo, durante um passeio em família, David Cameron recebeu uma chamada fraudulenta de alguém que dizia ser o diretor do gabinete de vigilância do Governo.
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Downing Street alertou todos os departamentos do governo, para evitar que episódios semelhantes voltem a repetir-se, e anunciou que vão rever os procedimentos de segurança. «Tanto o GCHQ - Gabinete de Vigilância do Governo - como o executivo de David Cameron levam a segurança a sério e estão a rever os procedimentos, para garantir que não volta a repetir-se» - lê-se num comunicado do governo.
O episódio que denunciou uma falha na segurança, aconteceu este domingo. Durante um passeio em família, David Cameron recebeu uma chamada fraudulenta de alguém que dizia ser Robert Hannigan, diretor do gabinete de vigilância do Governo.
O primeiro ministro inglês conta que a chamada para o telemóvel foi breve e que de imediato percebeu que era falsa. «Ouvi uma voz que não reconheci», contou o primeiro-ministro, «e a voz disse que lamentava acordar-me, o que achei estranho, visto que eram 11 horas da manhã. Então perguntei 'quem fala?', e chegou a resposta 'é uma partida'», continuou David Cameron, que terá desligado a chamada nesse momento.
Algumas horas antes, a agência GCHQ também foi vítima de uma partida, tendo dado o número de telemóvel de Robert Hannigan ao mesmo homem que conseguiu falar com o primeiro-ministro, embora o governo tenha dito que o número não era usado para discutir informação sensível ou confidencial.
Em declarações à BBC, o primeiro-ministro sublinhou que «estas coisas acontecem, não foi revelada qualquer informação» não havendo motivos para alarme.
O autor da partida terá telefonado para o jornal britânico 'The Sun' para se vangloriar da sua partida, afirmando que estava sob a influência de álcool, cocaína e canabis.
Não é a primeira vez que Downing Street recebe um telefonema fraudulento.Em 1998, o apresentador de uma rádio, Steve Penk, fingiu ser o então líder do partido conservador, William Hague, e conseguiu falar com Tony Blair.