O escrutínio foi proibido pela procuradoria. Mas a secretária do governo catalão para os Assuntos Externos assegura que "há muita preparação" e vários planos alternativos.
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A secretária do governo catalão para os Assuntos Externos, Maria Badia garante que o executivo regional vai "manter" o referendo, do próximo domingo, sobre a independência da Catalunha, apesar da incerteza quanto à capacidade logística para levar a cabo a votação.
O escrutínio foi proibido pela procuradoria. A polícia tem ordens para selar locais de voto. Mas, a governante assegura que "há muita preparação" e vários planos alternativos.
"Temos planos de contingência", assegurou a secretária do governo regional, à TSF, garantindo que "há um plano A, um plano B, um plano C".
"Não sei se chegamos até ao plano Z, provavelmente não. Mas, pelo menos, até ao L, provavelmente. Estamos assim, porque há meses que andamos nesta situação [na expectativa] de que não nos vão deixar [fazer o referendo]. Então, estamos muito preparados a este nível", garante.
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Maria Badia admite, porém, que a realização do referendo, no próximo domingo não está exclusivamente nas mãos do governo de Carles Puigdemont, uma vez que também está dependente do "governo de Espanha, da Procuradoria, da polícia, etc", mas garante que a realização da votação é uma intensão firme do seu governo. "O governo na Catalunha mantém a intensão firme de fazer o referendo", disse.
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"Sabemos o que decidimos fazer: manter o referendo, fazê-lo o melhor possível, com todas as garantias que pudermos - não somos nós que evitámos ter garantias; é o governo de Espanha, a Procuradoria, a polícia, etc. e não posso dizer o que eles vão fazer", frisou, vincando que, "de momento, mantém-se o referendo porque temos o compromisso, temos um mandato democrático do Parlamento da Catalunha"