Governo condena golpe militar em Myanmar. UE tomará "posição em relação aos golpistas"
O ministro Augusto Santos Silva já condenou o golpe de Estado em Myanmar e garante que a União Europeia dos 27 terá uma posição única em relação aos militares "golpistas".
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A diplomacia portuguesa condena o golpe de Estado em Myanmar. Em declarações à TSF, Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, apelou à libertação dos líderes e pediu respeito pelos resultados eleitorais.
Para o chefe da diplomacia portuguesa, é inaceitável e não tem justificação a ação do Exército da Birmânia. "Myanmar fez eleições há pouco tempo. Os resultados eleitorais devem ser respeitados." Augusto Santos Silva considera que "o Presidente deve ser imediatamente libertado, Aung San Suu Kyi e os líderes políticos civis também". O ministro condena ainda o ato das Forças Armadas do país, que caracteriza como "sem justificação".
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"Quando o presidente do Conselho Europeu reage, ele reage em nosso nome. Em segundo lugar, o alto representante da política externa e da segurança sabe certamente reagir, e essa reação é concertada entre os 27 Estados-membros." O governante não tem dúvidas de que a União Europeia tomará "uma posição muito firme em relação aos militares golpistas, em defesa dos civis que foram detidos e em defesa da ordem constitucional".
Já vários líderes mundiais condenaram a ação do Exército no país asiático. António Guterres, os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu destacam-se entre as vozes de oposição. Os militares acusaram a comissão eleitoral do país de não ter posto cobro às "enormes irregularidades" que dizem ter existido nas legislativas de novembro, que o partido de Aung San Suu Kyi venceu por larga maioria.
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Os militares evocaram ainda os poderes que lhes são atribuídos pela Constituição, redigida pelo Exército, permitindo-lhes assumir o controlo do país em caso de emergência nacional.
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