Governo da Tunísia revê para 17 número de turistas mortos em ataque terrorista (vídeo)
O primeiro-ministro, Habib Essid, afirmou que 17 turistas morreram no ataque terrorista contra o museu Bardo, em Tunes, depois de as autoridades terem inicialmente avançado com a morte de 20 estrangeiros.
Corpo do artigo
Em declarações à televisão nacional, o primeiro-ministro tunisino afirmou que a «situação definitiva» é de 17 turistas mortos.
Quatro italianos, um francês, dois colombianos, cinco japoneses, um polaco, um australiano e um espanhol (O Governo de Madrid confirmou dois) morreram no ataque, faltando identificar a nacionalidade de outras duas vítimas, explicou o chefe do executivo de Tunes.
Eles foram apanhados num ataque contra o museu do Bardo, em Tunes, realizado por pelo menos dois homens armados com 'Kalachnikov'. Um cidadão tunisino e um polícia são as outras vítimas mortais.
O chefe do governo acrescentou que os turistas mortos são polacos, italianos, alemães e espanhóis. Não há portugueses entre os mortos e feridos, de acordo com a informação mais recente do Ministério dos Negócios Estrangeiros que tem estado em contacto com as autoridades tunisinas e com a embaixada de Portugal, em Tunes.
[youtube:d2mWGYVWhWY]
De acordo com o primeiro-ministro, os dois atacantes vestiam uniformes militares e abriram fogo contra os turistas quando estes saíam de um autocarro, obrigando-os a refugiarem-se no interior do museu.
O ministro da Saúde, Said Aidi, disse à imprensa que 38 pessoas ficaram feridas no ataque, entre as quais turistas de França, Itália, Polónia, Japão e África do Sul. Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Mohamed Ali Aroui, cerca de 100 turistas estavam no interior do museu quando se deu o ataque.
Este ataque é aparentemente o mais grave contra estrangeiros na Tunísia desde que, em 2002, um comando da Al-Qaida atacou uma sinagoga na ilha de Djerba, matando 14 alemães e dois franceses, além de cinco tunisinos. Até ao momento, o ataque não foi reivindicado.
O museu do Bardo, um dos locais mais procurados pelos turistas que visitam a capital Tunis, situa-se ao lado do parlamento, tendo o tiroteio levado as comissões parlamentares a suspenderem as reuniões. Os deputados foram obrigados a concentrarem-se no átrio da assembleia, disse a deputada islamita Monia Brahim à agência France Presse.
O turismo na Tunísia depende, em grande parte, de turistas europeus que visitam o país. Desde 2001, altura em que o país foi assolado por uma revolta que levou à destituição de Zine El-Abidine Ben Ali, a Tunísia tem conseguido evitar a violência militar.