O Governo de Caracas rejeitou hoje vigorosamente as declarações do Presidente dos Estados Unidos, que considerou «inaceitável» a violência na Venezuela.
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As declarações de Barack Obama «constituem uma nova e grosseira ingerência nos assuntos do nosso país, com a agravante de utilizar uma informação falsa e afirmações sem fundamento», lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Venezuela.
O comunicado surge depois de uma noite de confrontos violentos durante os quais a polícia e os militares usaram gás lacrimogéneo e efetuaram disparos para dispersar os manifestantes.
Estudantes "ocupam" desde há duas semanas as ruas da capital e de outras cidades, em protesto contra o aumento da criminalidade, detenções de estudantes e deterioração da situação económica.
No âmbito de uma cimeira com os líderes do México e do Canadá o Presidente dos Estados Unidos pediu à Venezuela para que liberte os manifestantes detidos e tenha em conta as «legítimas reivindicações» da população.
A propósito da agitação social na Venezuela e na Ucrânia, Barack Obama condenou veementemente a «violência inaceitável nos dois países».
Obama também fez alusão à expulsão pela Venezuela de três diplomatas dos Estados Unidos, acusando o Governo de Nicolas Maduro de «desviar a atenção dos seus falhanços com falsas acusações contra diplomatas».