Carrie Lam acede, assim, a uma das principais reivindicações dos manifestantes pró-democracia.
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O governo de Hong Kong vai anunciar nas próximas horas o fim definitivo da polémica lei da extradição.
A chefe do governo, Carrie Lam, vai esta quarta-feira retirar formalmente a proposta legislativa que tem motivado protestos de milhares de pessoas nos últimos três meses, cedendo a uma das principais exigências dos manifestantes pró-democracia.
Vários órgãos de comunicação social de Hong Kong anteciparam a notícia esta manhã e a informação foi entretanto confirmada por fonte do Executivo, citada pela Reuters.
Lam já tinha dito que esta a lei que permite a extradição para a China, onde os tribunais são controlados pelo Partido Comunista, estava "morta", mas ainda não tinha demonstrado intenção de a retirar oficialmente.
Em resposta à notícia a bolsa de Hong Kong subiu mais de 3%.
O movimento pró-democracia condena a crescente pressão de Pequim sobre o território, que os ativistas consideram pôr em causa o princípio "um país, dois sistemas", adotado após a transferência de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997.
A resposta aos protesto na rua tem sido cada vez mais agressiva e Pequim já ameaçou usar a força caso Hong Kong declare independência.
O movimento definiu cinco reivindicações para pôr fim aos protestos: a retirada definitiva da lei da extradição; a libertação dos manifestantes detidos; que os protestos na rua não sejam identificados como motins; um inquérito independente à violência policial e a demissão de Carrie Lam e consequente eleição por sufrágio universal do chefe de governo e Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.