O número dois do governo escocês Nicola Sturgeon, partidário da independência, considerou «grotesca» a declaração de Durão Barroso, que considerou «difícil, se não impossível» a adesão de uma Escócia independente à União Europeia.
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Em resposta, Nicola Sturgeon, europeísta e partidário da independência, recordou que «nenhum Estado-membro disse que vetaria a entrada da Escócia na UE», numa comunicação publicada algumas horas depois da do presidente da Comissão Europeia.
«A adesão de uma Escócia independente à UE resulta de uma vontade democrática do povo escocês e da vontade de outros Estados-membros da União, não da Comissão Europeia», insistiu.
O vice-primeiro-ministro escocês considerou ainda «ridícula» a comparação feita por Durão Barroso entre a Escócia e o Kosovo, que pretende aproximar-se da União ainda que alguns países-membros, como a Espanha, não tenha reconhecido a independência.
Contrariamente ao Kosovo, a Escócia está na UE há 40 anos, uma vez que integra o Reino Unido, disse Nicola Sturgeon.
Num livro branco destinado a convencer os escoceses dos benefícios da independência, o Governo escocês explicou em novembro que contava estabelecer negociações com a União Europeia, caso vencesse o "sim".
Os escoceses vão ser chamados a responder, a 18 de setembro próximo, a uma questão posta em referendo: «deve a Escócia tornar-se num Estado independente?».
Uma vitória do sim significará a separação do Reino Unido, ao qual a Escócia pertence há três séculos.