Governo espanhol reafirma: o referendo é ilegal, não será apoiado por dinheiros públicos.
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Agora na voz do ministro das finanças, o governo espanhol reafirma que o referendo pela autodeterminação da Catalunha é ilegal e afirma que as finanças da região ficam nas mãos do Governo central por tempo indeterminado.
Cristóbal Montoro garante que do ministério das finanças não saiu nem um cêntimo para apoiar a realização do referendo e afirma que o controlo financeiro das verbas destinadas à Catalunha vai manter-se por tempo indeterminado. Esta quarta-feira a Guardia Civil realizou buscas em vários edifícios do governo catalão, entre os quais o departamento de finanças.
Esta tarde, em declarações no Congresso, Cristobal Montoro, afirmou que o governo está a cumprir o seu papel e a defender a democracia.
Hoje o inspetor-geral da Generalitat da Catalunha enviou ao Ministério das Finanças os comprovativos de despesas em falta, que tinha recusado mostrar na semana passada. Após receber estes dados, o ministro Cristobal Montoro garantiu que nenhum dinheiro público foi alocado para organizar o referendo pela autodeterminação da Catalunha e reafirmou a ilegalidade do referendo.
Milhares de pessoas estão nas ruas de Barcelona, com cravos vermelhos na mão, reúnem-se junto à sede do Partido Pró Independência CUP - Candidatura de Unidade Popular. Também em Madrid, na Porta do Sol, está marcada uma manifestação para esta quarta feira.
O consulado dos Estados Unidos em Barcelona já aconselhou os seus cidadãos a não participarem nos protestos, porque podem tornar-se violentas.
Já foram detidas 14 pessoas e apreendidos cerca de dez milhões de boletins de voto nos arredores de Barcelona, documentos que o Governo regional da Catalunha pretendia utilizar no referendo de 1 de outubro.
O Ministério do Interior espanhol informou que a polícia também apreendeu cartazes e documentos que iam ser utilizados nas assembleias de voto.