O governo espanhol deu luz verde à liberalização do aborto em Espanha em particular para as menores de 16 e 17 anos que o pretendam fazer sem autorização dos pais. Este projecto-lei está a provocar críticas da Direita e reservas entre os socialistas.
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O governo espanhol deu, este sábado, luz verde à liberalização do aborto, que permitirá às jovens raparigas, menores de idade, de 16 e 17 anos interromper a sua gravidez sem a autorização dos país.
O projecto-lei em Conselho de Ministros permitirá ainda a todas as mulheres que vivam em Espanha abortar até às 14 semanas e até às 22 semanas caso a garvidez «ponha em risco a vida e a saúde» da mãe ou haja «graves anomalias no feto».
Esta lei, que está a suscitar fortes críticas da Direita e da Igreja Católica e algumas reservas entre os socialistas (no poder), autoriza ainda o aborto em qualquer altura caso haja «doença extremamente grave e incurável no feto», mas apenas após análise de um comité médico.
A lei que se encontra ainda em vigor sobre o aborto, e que data de 1985, autoriza o apenas o aborto em caso de violação até às 12 semanas, em caso de malformação do feto até às 22 semanas, ou «perigo para a saúde física e psíquica da mãe» em qualquer altura.
Na prática, este tem sido o motivo invocado por mais de 90 por cento das mulheres que querem abortar em Espanha.