O Governo grego anunciou hoje que "dentro de um mês" vai entregar no parlamento uma nova lei da radiotelevisão pública grega (ERT), que o anterior executivo do Antonis Samaras fechou de forma unilateral em junho de 2013.
Corpo do artigo
«Dentro de um mês, a contar de agora, teremos uma nova lei da ERT», afirmou o ministro de Estado grego, Nikos Pappás, em declarações ao diário grego "Efimerida ton Syntakton" citado pela agência espanhola EFE.
O governante sublinhou que a ERT «vai iniciar-se a partir do zero para (...) acabar com as patologias, o favoritismo e o desperdício do passado» e garantiu que não haverá diferenças salariais como na antiga entidade.
«Queremos um novo começo na base da igualdade de tratamento dos trabalhadores sem criar aristocracias. O nosso objetivo é criar uma ERT moderna, competitiva, democrática e plural», afirmou Pappás, acrescentando que «todos os trabalhadores despedidos» poderão fazer parte da nova radiotelevisão «se assim o desejarem».
O Governo anterior, liderado por Antonis Samaras, decretou o encerramento unilateral da ERT a 11 de junho de 2013, com o argumento de que era inviável economicamente, tendo os mais de 2.600 trabalhadores ficado desempregados.
Muitos destes trabalhadores ocuparam as instalações e continuaram com as emissões até que, em novembro desse ano, foram desalojados pela polícia e, depois disto, cerca de 400 profissionais criaram a plataforma 'ERT Open', que atualmente continua a emitir em Atenas, Salónica e em várias cidades do país.
Paralelamente, o anterior Executivo abriu em maio de 2014 a cadeia pública Nerit, nas mesmas instalações onde funcionava a ERT, mas com um terço dos trabalhadores.
Para estes, disse Nikos Pappás, haverá «uma avaliação de pessoa objetiva e justa» e o governo vai «fortalecer a voz dos trabalhadores» nos órgãos de direção para aprovar a «valiosa experiência de autogestão» que demonstraram através da "ERT Open".