O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, anunciou hoje a criação de um programa de ajuda social aos que foram mais afetados pela crise no país e a recontratação dos trabalhadores da função pública que foram despedidos.
Corpo do artigo
Na apresentação do programa de Governo, Alexis Tsipras explicou que o plano de ajuda imediata pretende fazer face a uma «crise humanitária», atribuindo ajuda alimentar e eletricidade gratuitas, assim como acesso aos serviços de saúde para os que «foram mais castigados pela crise».
Tsipras anunciou também que os trabalhadores cujos despedimentos violaram a lei vão ser recolocados nos postos de trabalho, entre os quais empregadas de limpeza, funcionários de universidades e seguranças das escolas.
O novo primeiro-ministro grego disse ainda que pretende reativar a televisão pública grega, encerrada em junho de 2013.
No discurso no Parlamento, Tsipras afirmou ainda que a Grécia quer pagar a dívida externa, mas que a soberania nacional do país não é negociável.
Alexis Tsipras assegurou que o governo quer respeitar o compromisso feito com o Tratado de Estabilidade, mas considera que a «austeridade não faz parte desse tratado».
Sublinhando que o povo grego lhe deu autoridade para cancelar o «desastroso programa de austeridade», Tsipras reafirmou a intenção da Grécia ter um novo contrato com a União Europeia, que «respeite as regras da zona euro, sem incluir superávit irrealizável, que é a cara da austeridade».